Balaenoptera physalus
Fonte da imagem: Handbook of Mammals of the World
É uma baleia muito grande, com as fêmeas a atingirem 27 m de comprimento. Apresenta uma crista proeminente na parte dorsal da cabeça, desde as narinas até à extremidade do focinho. A sua silhueta é semelhante à dos outros rorquais, com uma pequena barbatana dorsal, situada no último quarto do corpo, virada para trás. A cabeça é plana e ocupa cerca de um quarto do comprimento total do corpo, atrás da qual se encontram cristas dorsais e ventrais distintas. A boca é muito grande, sob a qual se encontram sulcos característicos (pregas gulares) que se estendem até à zona do umbigo. O dorso é uniforme e cinzento ou castanho, enquanto o ventre é branco. A cabeça tem uma cor assimétrica característica: o lado esquerdo, incluindo o lábio inferior, é cinzento, enquanto do lado direito a mandíbula e o lábio inferior são brancos. Ao contrário da baleia azul, nunca tira a barbatana caudal da água.
São solitárias ou vivem em pequenos grupos de dois a sete indivíduos. É uma espécie migratória que efectua longas viagens para os pólos durante o Verão. É um filtrador, alimentando-se de krill, peixes, copépodes e lulas, consoante a disponibilidade. É uma espécie cosmopolita, preferindo as águas frias e temperadas de todos os oceanos. Ocorre em todas as costas da Península Ibérica e nos arquipélagos; a maioria dos registos concentra-se no Golfo da Biscaia e nas costas de Portugal e dos Açores. É a única baleia-comum que ocorre regularmente no Mediterrâneo. As suas populações ainda não recuperaram das perseguições de que foram alvo no passado.