Uma bolota roída, uma dejecção, um arranhão num tronco, uma latrina, um encame, os restos de uma presa meio comida, uma pegada, um rasto... é tudo com que habitualmente contamos para determinar a presença do grupo de animais que nos apaixona conhecer e que queremos conservar. Os mamíferos são dos animais mais discretos e difíceis de ver e é por isso que aprendemos a conhecer a sua existência pelos vestígios e sinais da sua actividade, pelos seus sinais.
Mas não é fácil determinar a que espécie pertence um rasto, uma dejecção, uma toca. De facto, nem sempre é fácil encontrar sinais da sua presença. É necessário aprender onde procurá-los e saber identificá-los e distingui-los dos sinais de outras espécies animais.
Um guia dinâmico no qual pode participar
Cada ficha inclui uma descrição estatística simples das medidas dos sinais (mínimo, máximo, média e moda), e informações sobre o local onde esses sinais foram vistos e medidos. Esta última é importante porque muitas espécies de mamíferos variam em tamanho, dieta e hábitos ao longo do âmbito geográfico deste trabalho, e é comum que o tamanho dos dejectos, dos rastos, o tipo de tocas utilizadas, etc., também variem. Ter a referência da proveniência dos rastos descritos pode servir para criar uma base sobre a qual se podem acrescentar novas informações. O objectivo é gerar uma discussão edificante, na qual outros parceiros são encorajados a contribuir com novos dados sobre as diferenças nos sinais deixados por esta ou aquela espécie nesta ou naquela zona da Península, Baleares e Canárias.
Este Guia é o resultado de um esforço conjunto da SECEM. Os capítulos estão a ser distribuídos principalmente entre os membros e todos participam numa base voluntária.